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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Vacinação contra gripe A dispara nestes dias de férias

Centros de saúde não tiveram mãos a medir nos últimos dias devido a pais que aproveitaram férias para vacinar filhos. Rapaz de 14 anos que morreu em Novembro foi incluído na lista das vítimas mortais do H1N1, que já tem 70 pessoas.


Não parou de crescer ao longo da semana o número de pessoas que foram aos centros de saúde para receber a vacina contra a gripe A (H1N1). Nos últimos dias, os enfermeiros não tiveram mãos a medir, sobretudo com pais que aproveitaram as férias para vacinar as crianças até aos 12 anos, dizem os serviços contactados pelo DN. Alguns tiveram mesmo de desmarcar e pedir aos utentes para voltarem no dia seguinte.

A ministra da Saúde, Ana Jorge, diz que a campanha está agora a correr melhor - embora não tenha novos números para apresentar, já que a Direcção-Geral de Saúde (DGS) só fará novo balanço em Janeiro - mas admite que as grávidas continuam sem se imunizar.

Já os pais, "parecem ter aproveitado as férias para virem vacinar os filhos esta semana", diz a enfermeira Teresa Cayolla, no Centro de Saúde de Sete Rios, acrescentando que estão a dar "cerca de cento e poucas vacinas por dia", muito mais do que nas semanas anteriores. "Até já temos pais que perguntam quando vão poder ser vacinados também", diz.

No centro de saúde de Sacavém, um dos maiores do país, ontem tinham sido vacinadas 182 pessoas e no dia anterior 144. "Cresceu a procura porque este grupo está a aderir melhor, sobretudo as crianças, mas também os idosos com mais de 65 anos", diz a enfermeira Fátima Penedo.

Na unidade de Évora, a responsável Fernanda Oliveira diz que não tem tidos mãos a medir esta semana: "Estamos a dar cerca de 70 por dia e vamos abrir um sala só para a gripe A para não atrasar as outras vacinas." E em Beja, a enfermeira Maria José Tareco diz que só não deram mais vacinas esta semana porque têm pouco pessoal, mas que marcaram imensas para a próxima.

"Houve um aumento explosivo esta semana", diz também a enfermeira Maria João, do centro de saúde de S. Miguel, em Castelo Branco. Ideia partilhada pela colega Rosa, da unidade da Covilhã, embora não quantifiquem. No Gorjão Henriques, em Leiria, as enfermeiras fora mesmo obrigadas a desmarcar algumas pessoas. "Nem me diga nada, acho que merecemos um prémio", diz a enfermeira Fátima Soares, acrescentando que estão a imunizar cem utentes por dia, a maioria crianças.

Até à primeira semana de Dezembro tinham sido usadas 240 mil das 311 mil doses entregues a Portugal. Entretanto já chegaram mais, mas Ana Leça, da DGS, diz que só em meados de Janeiro será feito um novo balanço. Para a ministra Ana Jorge a "campanha tem corrido bem", excepto em relação às grávidas.

A governante admitiu ontem que "algo não correu bem", mas acrescentou que não "foi por falta de esforço da" das autoridades. E para a ministra, algumas mortes podiam ter sido evitadas se as grávidas tivessem sido protegidas a tempo. Por isso, voltou a apelar a estas mulheres para se vacinarem, recordando que o vírus H1N1 continua activo e "é grave".

Ana Jorge lembrou que a primeira onda já passou mas que pode haver uma segunda. Na semana passada foram atendidas 6419 pessoas com gripe nos serviços de saúde, mantendo a tendência de descida registada desde o final de Novembro. O que continua a crescer é o número de vítimas mortais: ontem eram 70, segundo o relatório da DGS. E entre estas estava o jovem de 14 anos que morreu a 30 de Novembro, um dia depois de ter sido atendido no Hospital da Estefânia com sintomas ligeiros.


-Diário de Notícias (Patrícia Jesus)

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