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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Cientistas fotografam peixe raro a 7,6 mil metros de profundidade

Pela primeira vez, mini-submarino registra peixes vivos em fossa na costa da Nova Zelândia.




Cientistas que trabalham na costa da Nova Zelândia conseguiram fotografar peixes que habitam regiões profundas do oceano, 7.560 metros abaixo da superfície.

É a primeira vez que se vê peixes vivos em tamanha profundidade no Hemisfério Sul.

As criaturas, de aparência estranha e coloração rosada, foram fotografadas quando nadavam na Fossa de Kermadec, uma vala situada no fundo do mar perto da costa neo-zelandesa.

A equipe de pesquisadores vinha estudando a área com uma sonda submarina construída para suportar grande pressão.

O recorde oficial é de 1970, quando uma espécie foi localizada na Fossa de Porto Rico a uma profundidade de 8,37 km

No ano passado, a mesma equipe registrou a presença de peixes a 7.700 metros - a maior profundidade em que peixes foram filmados até hoje, segundo a equipe.

Os animais haviam sido encontrados na Fossa do Japão, no Oceano Pacífico, ao norte do Equador.


Aparência semelhante
As duas expedições integram o projecto Hadeep, que tenta expandir o conhecimento sobre a vida nas fossas oceânicas, as regiões mais profundas do mar.

Os peixes encontrados no mar profundo perto da Nova Zelândia têm aparência muito semelhante à daqueles encontrados no ano passado: de cor rosa pálida, com corpos arredondados e caudas longas - mas são, na verdade, de espécies diferentes.

Os habitantes da Fossa Kermadec são de uma espécie conhecida como Notoliparis kermadecensis, enquanto os da Fossa do Japão são da espécie Pseudoliparis amblystomopsis.

"O que nos intriga é que cada uma das fossas parece ter sido colonizada por esses peixes, apesar de estarem em hemisférios diferentes", afirmou o pesquisador Monty Priede, diretor do Oceanlab, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, e responsável pelo projecto Hadeep. "Presumimos que evoluíram a partir de ancestrais semelhantes que habitavam regiões mais rasas."

"Essas espécies nunca são encontradas fora das fossas - são regiões muito isoladas. Você pode imaginar as fossas como se fossem ilhas."

Os peixes foram fotografados com o uso de um mini-submarino acoplado com uma câmara, conectado a um barco e controlado a partir da superfície.

O submarino foi carregado com peixes podres, para atrair os animais do fundo do mar e permitir que eles fossem fotografados e estudados.

Mas, diferentemente de 2008, neste ano a equipe de cientistas não conseguiu filmar os peixes (apenas fotografou), porque o submarino principal, que levava o equipamento de vídeo, foi perdido durante a operação.

Alan Jamieson, da empresa Oceanlab, que coordena o projecto, disse que ficou "devastado" com a perda do equipamento, avaliado em 150 mil libras (cerca de R$ 430 mil).

Sem Consenso
O debate sobre quais seriam as espécies de peixes a viver nas maiores profundidades do oceano divide especialistas.

Em 1960, os pesquisadores Jacques Piccard e Don Walsh baixaram a 10.910 metros na Fossa das Marianas, o ponto mais profundo dos oceanos.

Em seu livro "Seven Miles Down", Piccard relatou ter visto um tipo de peixe. Mas especialistas dizem que a 10 mil metros de profundidade, a pressão faria com que as janelas se curvassem, tornando difícil a visão do lado externo.

O recorde oficial do peixe encontrado à maior profundidade é do Abyssobrotula galatheae, localizado no fundo da Fossa de Porto Rico, em 1970, a uma profundidade de mais de 8.370 metros.

Os pesquisadores tentaram retirar o peixe para estudá-lo, mas ele morreu antes de chegar à superfície.

A descoberta da equipe da Oceanlab tem o recorde para o peixe de maior profundidade estudado vivo.

O pesquisador Monty Priede disse esperar que mais peixes possam ser eventualmente vistos a profundidades ainda maiores.


-BBC Brasil

Talk-show de Oprah vai acabar em 2011


Preparados ou não, aqui vai: após mais de duas décadas de transmissões regulares, o talk-show de Oprah Winfrey vai acabar. Os fãs da apresentadora - a mulher mais poderosa do show biz americano, de acordo com a Forbes - podem marcar nas suas agendas o dia 9 de Setembro de 2011. It’s the end.


Oprah com Al Gore, durante um programa em 2000



Anos a fio a mostrar a uma audiência média semanal cifrada em mais de 40 milhões de pessoas momentos emblemáticos da televisão americana, a rainha da TV desce do seu trono.

Para trás ficam imagens como a do actor Tom Cruise a saltar em cima do sofá do estúdio declarando o seu amor pela namorada (e actual mulher) Katie Holmes, que até deu origem à expressão “jumping the couch”, que entrou no léxico coloquial dos americanos quando estes se querem referir a alguém que perdeu a cabeça.

Outro dos momentos que vai ficar para a história da televisão americana aconteceu em 2004, quando Oprah ofereceu a todos os membros da plateia um carro novo, originando uma sessão de histeria colectiva entre o público.

A sua entrevista a Michael Jackson, em 1993, quando o cantor decidiu falar pela primeira vez sobre o facto de a sua pele estar a tornar-se gradualmente mais branca devido à vitíligo, foi a mais vista de sempre na televisão nacional, tendo reunido 62 milhões de americanos frente ao ecrã e perto de 100 milhões de pessoas no resto do mundo.

O apoio expresso que Oprah deu a Barack Obama durante a campanha para as presidenciais foi igualmente considerado fundamental para a sua vitória.

A atmosfera de à-vontade e de conversa franca que imprimiu ao seu programa redefiniram os talk-shows americanos, transformando Oprah num fenómeno cultural não só nos Estados Unidos mas em todo o Mundo, uma vez que o programa é transmitido em 145 países, incluindo Portugal (SIC Mulher).

Mas tudo tem um fim, e o “The Oprah Winfrey Show” também. O anúncio será oficializado hoje, pela própria Oprah, durante o seu programa em directo, mas um porta-voz da sua produtora, a Harpo (o nome de Oprah ao contrário) já avançou a notícia aos media.

“Oprah Winfrey vai pôr fim ao seu talk-show", declarou Don Halcombe. “Ela vai falar sobre isso no seu programa de amanhã [hoje]”.

O programa acaba oficialmente no dia 9 de Setembro de 2011, na recta final da sua 25ª temporada.

O império Oprah

O talk-show de Oprah teve as suas origens em 1984, quando a apresentadora se mudou para Chicago para ser a cara do programa da manhã da WLS-TV, uma estação local, o "AM Chicago”. Depressa este programa se tornou o talk-show mais visto na região e, passado um ano, tinha expandido o seu formato, passando para uma hora de emissão e sendo rebaptizado de "The Oprah Winfrey Show”. Em 1986 passou a ser emitido em todo o país, depois de a CBS ter comprado os direitos de transmissão.

Em Agosto de 2004, Winfrey assinou uma extensão do contrato para que o seu programa permanecesse no ar até 2011. E assim será, sem renovações posteriores.

Durante todos estes anos o talk-show serviu igualmente de rampa de lançamento para a carreira de várias pessoas: Mehmet Oz, o especialista em nutrição e saúde que já lançou uma série de livros sobre dietas que foram best-sellers, Phil McGraw, especialista em relacionamentos e famílias, que tem o seu próprio programa (Dr. Phil, transmitido na SIC Mulher), Suze Orman, especialista em assuntos financeiros, Martha Beck, uma life coach e, claro, Gayle King, a sua amiga de sempre e companheira de todas as ocasiões.

Pelo caminho, Winfrey foi igualmente revelando as suas batalhas contra o excesso de peso e relatou os abusos sexuais que sofreu em criança.

Através do seu programa, Oprah constituiu todo um império paralelo nos media mas também na filantropia: o popular clube literário Oprah's Book Club, a revista “O Magazine”, o Oxygen Media (um canal por cabo dedicado às mulheres que funciona 24 horas por dia), a fundação humanitária Oprah's Angel Network e, a título pessoal, a Oprah Winfrey Leadership Academy for Girls, a escola para raparigas que construiu a sul de Joanesburgo e que inaugurou em Janeiro de 2007.

De acordo com o “New York Times”, apesar de terminar o programa, Oprah, de 55 anos, não vai largar tudo para envelhecer frente à lareira. A apresentadora irá dedicar-se a um canal por cabo com o seu nome, o OWN (Oprah Winfrey Network). A Discovery Communications irá ser co-proprietária do canal, que funcionará em regime de pay-per-view. A saída de Oprah de canal aberto para um canal por cabo poderá vir a ser uma boa aposta. A apresentadora parece ter um toque de Midas e os anunciantes irão com ela para onde ela quiser, embora ainda se desconheça qual o papel que Oprah terá no novo canal, indica o “NY Times”.

A única coisa que se sabe, para já, é que o “The Oprah Winfrey Show”, tal como o conhecemos agora, não terá lugar no OWN.
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