Gripe A: Infarmed notificado em 60 casos de efeitos secundários.
Há fraca adesão à vacinação mas responsáveis negam fracasso.
Dezoito pessoas tiveram reacções adversas graves depois de serem vacinadas contra a gripe A. Outras 42 tiveram reacções ligeiras. Os casos foram notificados até 25 de Novembro para a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed).
Além das duas mortes fetais – cuja relação com a vacina é improvável, segundo a autoridade de saúde europeia – registaram-se duas hospitalizações e algumas pessoas ficaram incapacitadas temporariamente para o trabalho. Este é o balanço do primeiro mês da vacinação feito ontem pelo presidente do Infarmed, Vasco Maria.
Segundo o Infarmed, houve casos de mialgias, febre, reacções no local da administração, náuseas e vómitos. Vasco Maria alerta por isso para o desconhecimento dos efeitos dos medicamentos: “Por vezes, as reacções adversas surgem anos após estarem no mercado.”
Portugal já recebeu 214 mil doses de vacinas mas só foram vacinadas 96 mil pessoas no Continente, de acordo com Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde.
A responsável não receia “que sobrem vacinas” porque mais pessoas serão vacinadas após esgotados os grupos prioritários.
Num universo de 60 mil grávidas nos 2º e 3º trimestres de gestação, foram vacinadas apenas 5 mil, o que corresponde a uma taxa de vacinação de 8,3 por cento. Diz Graça Freitas que “as grávidas tinham indicação do médico para a vacina, mas não apareceram nos centros de saúde por medo”.
2500 MORREM ESTA SEMANA
O director-geral da Saúde desvaloriza a importância das mortes relacionadas com a gripe A, frisando que todos os anos morrem pessoas devido à gripe sazonal e a outras causas. "Esta semana vão morrer em Portugal 2500 portugueses. Sempre assim aconteceu no Inverno. Por ano, morrem 105 mil a 110 mil indivíduos", refere Francisco George. Quanto às mortes fetais diz ser uma coincidência temporal: "Após as 28 semanas de gestação temos seis mortes por mês." Registaram-se ainda quatro reacções adversas por mês de síndrome Guillain-Barré. Francisco George rejeita ainda a existência de um "fracasso" na adesão à vacinação. As recusas devem-se, disse, "ao contexto psicossocial relacionado com a divulgação de notícias alarmistas de casos de morte fetal sem relação causal com a vacina".
GRIPE VISTA À LUPA
20
pessoas encontram-se em risco de vida nas Unidades de Cuidados Intensivos devido à gripe A e um total de 148 necessitaram de ser internadas nos hospitais.
TESTES LIMITADOS
Os ensaios clínicos têm muitas limitações – não incluem, por exemplo, grávidas, crianças e idosos. Porém, tomam medicamentos e os efeitos nestas populações são desconhecidos.
"É DIFÍCIL APURAR A CAUSALIDADE DOS EFEITOS DOS MEDICAMENTOS, SÓ COM BONS CLÍNICOS E MUITO TREINO", Vasco Maria, Presidente do Infarmed
-Correio da Manhã (Cristina Serra) (adaptado)
HOME |||||| Notícias - Mundo || Portugal || Negócios || Ciência || Entretenimento || Saúde |||| Outros - Paranormal || Funny || Tutoriais || Música || Animes || Arte || Info. blog
sábado, 28 de novembro de 2009
Cada português gasta 109 litros de água por dia
Aquapor analisou hábitos de consumo de 288 mil habitantes.
Em ambientes urbanos o consumo aumenta
para 137 litros por dia por pessoa.
Cada português gasta em média 109 litros de água por dia, com um preço estimado de um cêntimo por cada quatro litros de água. Estes resultados foram divulgados num estudo sobre o consumo de água em Portugal levado a cabo pela Aquapor, que ao longo de quatro anos analisou os consumos de 288 mil habitantes distribuídos por dez municípios.
A nível europeu, Portugal ocupa o quarto lugar, sendo ultrapassado pela França, Espanha e Reino Unido. Neste último, o consumo por habitante chega aos 340 litros por dia, tendo em conta dados do Eurostat.
Com o objectivo de definir o perfil do "consumidor tipo" português, bem como a sua evolução nos últimos quatro anos, a Aquapor destacou que embora o consumo médio tenha sido estipulado num ambiente misto, rural e urbano, a capitação total necessária para um habitante é mais do dobro, 230 litros por dia. Neste valor incluem-se as perdas e os consumos das autarquias para lavagens de ruas, regas, entre outros. Dados do Instituto da Água (INAG) revelam que um terço da água captada é desperdiçada em Portugal.
.Já em ambiente urbano, o consumo por habitante passa dos 109 para 137 litros por dia. A Aquapor conclui também que 40% dos contadores encontram-se no primeiro escalão, ou seja, debitam menos de 5m3, onde o preço médio é de €1,15 por cada 1000 litros de água, o que leva a que o preço da água canalizada seja mais baixo.
Face a este cenário, a Aquapor defende a “necessidade de reduzir perdas de água, pela redução de perdas comerciais, na detecção de ligações clandestinas ou não autorizadas e na redução de perdas técnicas, roturas e fugas ‘permanentes’ ”.
Os roubos e perdas técnicas de água apresentam um elevado custo ambiental e económico, tanto pelo desperdício de água que representam, como pelos custos com reagentes e energia associados a esse desperdício. “Cabe às entidades gestoras - empresas públicas e privadas, autarquias e Estado - melhorar a eficiência das suas redes de distribuição”, acrescenta.
-CiênciaHoje (adaptado)
Em ambientes urbanos o consumo aumenta
para 137 litros por dia por pessoa.
Cada português gasta em média 109 litros de água por dia, com um preço estimado de um cêntimo por cada quatro litros de água. Estes resultados foram divulgados num estudo sobre o consumo de água em Portugal levado a cabo pela Aquapor, que ao longo de quatro anos analisou os consumos de 288 mil habitantes distribuídos por dez municípios.
A nível europeu, Portugal ocupa o quarto lugar, sendo ultrapassado pela França, Espanha e Reino Unido. Neste último, o consumo por habitante chega aos 340 litros por dia, tendo em conta dados do Eurostat.
Com o objectivo de definir o perfil do "consumidor tipo" português, bem como a sua evolução nos últimos quatro anos, a Aquapor destacou que embora o consumo médio tenha sido estipulado num ambiente misto, rural e urbano, a capitação total necessária para um habitante é mais do dobro, 230 litros por dia. Neste valor incluem-se as perdas e os consumos das autarquias para lavagens de ruas, regas, entre outros. Dados do Instituto da Água (INAG) revelam que um terço da água captada é desperdiçada em Portugal.
.Já em ambiente urbano, o consumo por habitante passa dos 109 para 137 litros por dia. A Aquapor conclui também que 40% dos contadores encontram-se no primeiro escalão, ou seja, debitam menos de 5m3, onde o preço médio é de €1,15 por cada 1000 litros de água, o que leva a que o preço da água canalizada seja mais baixo.
Face a este cenário, a Aquapor defende a “necessidade de reduzir perdas de água, pela redução de perdas comerciais, na detecção de ligações clandestinas ou não autorizadas e na redução de perdas técnicas, roturas e fugas ‘permanentes’ ”.
Os roubos e perdas técnicas de água apresentam um elevado custo ambiental e económico, tanto pelo desperdício de água que representam, como pelos custos com reagentes e energia associados a esse desperdício. “Cabe às entidades gestoras - empresas públicas e privadas, autarquias e Estado - melhorar a eficiência das suas redes de distribuição”, acrescenta.
-CiênciaHoje (adaptado)
Primeiro bebé vítima de gripe A em Portugal
Criança tinha quatro meses e problemas neurológicos. Direcção--Geral da Saúde lembra que vacinar as grávidas ajuda a proteger os bebés.
Criança tinha quatro meses e problemas neurológicos. Direcção--Geral da Saúde lembra que vacinar as grávidas ajuda a proteger os bebés.
A morte de um bebé de quatro meses leva a Direcção-Geral da Saúde a alertar que a vacinação das mães na gravidez é a única forma de garantir a protecção das crianças até aos seis meses, idade em que podem ser vacinadas. A criança estava internada nos cuidados intensivos de pediatria do Hospital de São João, no Porto e, na quarta--feira, acabou por não resistir à infecção.
O bebé do sexo masculino, tinha uma "doença neurológica grave, que ainda estava a ser estudada", diz fonte do hospital São João. "Os médicos dizem que devido a esses problemas de saúde, existia uma forte probabilidade de vir a morrer no primeiro ano de vida, devido a uma infecção", acrescenta a mesma fonte.
A subdirectora-geral da Saúde, Graça Freitas alerta que, apesar de não ser possível imunizar os bebés até aos seis meses - porque o seu sistema imunitário não reage à vacina - é possível dar-lhes alguma protecção vacinado as mães.
"Essa é outra vantagem de as grávidas serem vacinadas", explica. "Primeiro, durante a gravidez, passam anticorpos aos fetos que lhes conferem alguma protecção depois de nascerem; segundo, continuam a protegê-los depois com a amamentação; e por fim não adoecem elas e não lhes passam a doença", conclui a médica.
Além disso, quando os bebés têm problemas de saúde, a Direcção-Geral da Saúde recomenda a vacinação dos familiares mais próximos.
Ontem morreu outra pessoa infectada com o H1N1, a primeira na Madeira, fazendo subir para 19 o número de vítimas da pandemia no País. A mulher de 52 anos que estava internada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, tinha outras doenças associadas, revelou ontem o secretário regional dos Assuntos Sociais madeirense, Francisco Jardim Ramos.
No entanto, quatro das 19 vítimas portuguesas não tinham nenhum problema de saúde conhecido. E apesar de o vírus H1N1 estar a afectar sobretudo crianças e jovens adultos, a maior parte das vítimas tinha mais de 30 anos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou ontem que o número de vítimas mortais cresceu 16% na última semana.
Em França, as autoridades de saúde confirmaram ontem a morte de dois doentes infectados com a mutação do vírus H1N1 recentemente descoberta na Noruega. Segundo o Instituto Nacional de Vigilância Sanitária, os doentes não tiveram contacto entre si e estavam internados em hospitais diferentes. A OMS está a investigar a mutação e a tentar perceber se o vírus se tornou mais mortífero.
Num dos doentes em França verificou-se "uma outra mutação" no vírus, conhecida por ser resistente ao oseltamivir (Tamiflu). Trata-se da primeira estirpe resistente detectada no país.
-Diário de Notícias (Patrícia Jesus)
Velocidade da luz superada...(2)
(16/08/07) Dois cientistas afirmam ter movido partículas 'instantaneamente'.
Preparem as malas para viajar ao espaço. Cientistas alemães afirmam ter conseguido quebrar o único recorde de velocidade que deveria ser impossível bater: o da luz.
O feito, se for real, é uma violação directa da Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein. O físico mais famoso do mundo disse: nada, sob nenhuma circunstância, jamais poderá ultrapassar a velocidade da luz.
E quem são os corajosos que ousam contradizer Einstein? Os físicos Günter Nimtz e Alfons Stahlofen, da Universidade de Koblenz, na Alemanha. A dupla afirma ter movimentado fótons (que são, de facto, nada mais que partículas de luz) mais rápido que a velocidade da luz.
Nimtz e Stahlhofen exploravam a óptica quântica quando as partículas ultrapassaram uma barreira impossível de ser ultrapassada. Seus fótons, afirmam, eram transportados “instantaneamente” por barreiras de diferentes tamanhos, desde milímetros a até um metro. Isso só seria possível, dizem, se eles estivessem a ir a uma velocidade maior que a da luz.
Para outros especialistas, no entanto, Einstein pode descansar tranquilo em seu túmulo. Os dois alemães não ultrapassaram a velocidade da luz coisa nenhuma. Seria só uma questão de interpretação de dados da física complexos o suficiente para dar nó na cabeça de qualquer mortal.
Aephraim Steinberg, da Universidade de Toronto, explicou ao portal “Eurekalert” o que pode ter causado a confusão. Ele compara a experiência dos fótons com um comboio a deixar uma estação com 20 vagões.
No momento em que o vagão central deixa a estação, uma pessoa acciona um cronómetro, para observar a velocidade do comboio. Conforme chega nas suas paradas programadas, o comboio deixa alguns vagões pelo caminho. Ao chegar ao destino final, há apenas dois vagões. Se o cronómetro for parado no momento em que o centro do comboio chega, vai parecer que ele veio a uma velocidade muito maior que a real. “Se você está nas estações, vai parecer que essas pessoas ultrapassaram os limites de velocidade. Elas chegaram antes do previsto. Mas você só está a ver aquelas que estavam no primeiro vagão. Elas tiveram uma vantagem, mas nunca estiveram rápidas demais”.
-G1 (adaptado)
Preparem as malas para viajar ao espaço. Cientistas alemães afirmam ter conseguido quebrar o único recorde de velocidade que deveria ser impossível bater: o da luz.
O feito, se for real, é uma violação directa da Teoria da Relatividade Especial de Albert Einstein. O físico mais famoso do mundo disse: nada, sob nenhuma circunstância, jamais poderá ultrapassar a velocidade da luz.
E quem são os corajosos que ousam contradizer Einstein? Os físicos Günter Nimtz e Alfons Stahlofen, da Universidade de Koblenz, na Alemanha. A dupla afirma ter movimentado fótons (que são, de facto, nada mais que partículas de luz) mais rápido que a velocidade da luz.
Nimtz e Stahlhofen exploravam a óptica quântica quando as partículas ultrapassaram uma barreira impossível de ser ultrapassada. Seus fótons, afirmam, eram transportados “instantaneamente” por barreiras de diferentes tamanhos, desde milímetros a até um metro. Isso só seria possível, dizem, se eles estivessem a ir a uma velocidade maior que a da luz.
Para outros especialistas, no entanto, Einstein pode descansar tranquilo em seu túmulo. Os dois alemães não ultrapassaram a velocidade da luz coisa nenhuma. Seria só uma questão de interpretação de dados da física complexos o suficiente para dar nó na cabeça de qualquer mortal.
Aephraim Steinberg, da Universidade de Toronto, explicou ao portal “Eurekalert” o que pode ter causado a confusão. Ele compara a experiência dos fótons com um comboio a deixar uma estação com 20 vagões.
No momento em que o vagão central deixa a estação, uma pessoa acciona um cronómetro, para observar a velocidade do comboio. Conforme chega nas suas paradas programadas, o comboio deixa alguns vagões pelo caminho. Ao chegar ao destino final, há apenas dois vagões. Se o cronómetro for parado no momento em que o centro do comboio chega, vai parecer que ele veio a uma velocidade muito maior que a real. “Se você está nas estações, vai parecer que essas pessoas ultrapassaram os limites de velocidade. Elas chegaram antes do previsto. Mas você só está a ver aquelas que estavam no primeiro vagão. Elas tiveram uma vantagem, mas nunca estiveram rápidas demais”.
-G1 (adaptado)
Velocidade da luz superada...
20 de Julho de 2000
Um grupo de físicos americanos pode ter descoberto uma velocidade superior ao que antes se suponha ser a velocidade máxima do universo – a velocidade da luz. Durante gerações, os físicos supuseram que não havia nada mais veloz do que o movimento da luz no vazio, uma velocidade de 300 mil quilómetros por segundo. Mas, em uma experiência da Universidade de Princeton, Nova Jersey (EUA), físicos enviaram um raio laser através de vapor de césio numa velocidade tão alta que saiu da câmara antes de terminar de entrar. Os cientistas dizem que esta foi a demonstração mais convincente de que a velocidade da luz pode ser superada, ao menos sob determinadas circunstâncias em laboratório.
O feito ainda não tem aplicações práticas imediatas, mas experiências similares têm gerado entusiasmo na comunidade internacional de físicos teóricos e ópticos. A experiência de Princeton põe à prova os limites da teoria da relatividade que Albert Einstein descobriu no princípio do século, segundo a qual a velocidade das partículas de luz no vazio é a única medida absoluta do universo. A velocidade de tudo mais seria relativa ao observador. Nas circunstâncias quotidianas, um objecto não pode viajar numa velocidade maior do que a da luz. Em possíveis aplicações práticas, a experiência poderia contribuir no desenvolvimento de computadores mais velozes, que transportariam informações em partículas de luz.
Relatividade não foi violada
A experiência de Lijun Wang, A. Kuzmich e A. Dogariu, do NEC Research Institute, publicado na Nature, 406, 277, de 20 Jul. 2000, consiste na propagação de um raio laser com 3,7 microns de extensão por uma cápsula de 6 cm contendo átomos de césio especialmente excitados ao segundo nível, em uma situação programada para que o índice de refracção esteja mudando rapidamente. Como um raio laser de curta duração é necessariamente formado por um grande número de ondas com frequências diferentes, o que se mede é a interferência das diferentes frequências componentes do raio lazer, que mudam de fase devido à variação do índice de refracção. A fase relativa muda fazendo com que a parte central do raio lazer se adiante 1,7% de sua extensão. Como o início do raio lazer ocorre antes do centro do pico de saída, não há qualquer violação da casualidade. Como a velocidade de fase da luz não muda, só a velocidade de grupo do raio lazer, não há qualquer violação da relatividade. O próprio Lijun Wang, líder da equipa explica: "Falando precisamente, é a velocidade de transferência da informação que é limitada pela velocidade da luz no vácuo." Toda a informação necessária sobre o raio lazer está contida em sua minúscula borda frontal. Assim que essa parte do raio lazer entra na câmara, os átomos especialmente preparados podem começar a reproduzir outro raio lazer idêntico no outro lado da câmara. (27 Jul. 2000)
-Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS (adaptado)
Um grupo de físicos americanos pode ter descoberto uma velocidade superior ao que antes se suponha ser a velocidade máxima do universo – a velocidade da luz. Durante gerações, os físicos supuseram que não havia nada mais veloz do que o movimento da luz no vazio, uma velocidade de 300 mil quilómetros por segundo. Mas, em uma experiência da Universidade de Princeton, Nova Jersey (EUA), físicos enviaram um raio laser através de vapor de césio numa velocidade tão alta que saiu da câmara antes de terminar de entrar. Os cientistas dizem que esta foi a demonstração mais convincente de que a velocidade da luz pode ser superada, ao menos sob determinadas circunstâncias em laboratório.
O feito ainda não tem aplicações práticas imediatas, mas experiências similares têm gerado entusiasmo na comunidade internacional de físicos teóricos e ópticos. A experiência de Princeton põe à prova os limites da teoria da relatividade que Albert Einstein descobriu no princípio do século, segundo a qual a velocidade das partículas de luz no vazio é a única medida absoluta do universo. A velocidade de tudo mais seria relativa ao observador. Nas circunstâncias quotidianas, um objecto não pode viajar numa velocidade maior do que a da luz. Em possíveis aplicações práticas, a experiência poderia contribuir no desenvolvimento de computadores mais velozes, que transportariam informações em partículas de luz.
Relatividade não foi violada
A experiência de Lijun Wang, A. Kuzmich e A. Dogariu, do NEC Research Institute, publicado na Nature, 406, 277, de 20 Jul. 2000, consiste na propagação de um raio laser com 3,7 microns de extensão por uma cápsula de 6 cm contendo átomos de césio especialmente excitados ao segundo nível, em uma situação programada para que o índice de refracção esteja mudando rapidamente. Como um raio laser de curta duração é necessariamente formado por um grande número de ondas com frequências diferentes, o que se mede é a interferência das diferentes frequências componentes do raio lazer, que mudam de fase devido à variação do índice de refracção. A fase relativa muda fazendo com que a parte central do raio lazer se adiante 1,7% de sua extensão. Como o início do raio lazer ocorre antes do centro do pico de saída, não há qualquer violação da casualidade. Como a velocidade de fase da luz não muda, só a velocidade de grupo do raio lazer, não há qualquer violação da relatividade. O próprio Lijun Wang, líder da equipa explica: "Falando precisamente, é a velocidade de transferência da informação que é limitada pela velocidade da luz no vácuo." Toda a informação necessária sobre o raio lazer está contida em sua minúscula borda frontal. Assim que essa parte do raio lazer entra na câmara, os átomos especialmente preparados podem começar a reproduzir outro raio lazer idêntico no outro lado da câmara. (27 Jul. 2000)
-Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS (adaptado)
Subscrever:
Mensagens (Atom)