O único remédio para a ressaca é o tempo, já que todos os outros produtos que prometem curar os efeitos do excesso de álcool são apenas «um negócio», disse um especialista.
De acordo com Rui Tato Marinho, hepatologista e dirigente da Sociedade Portuguesa da Gastrenterologista (SPG), não há nada que tire o álcool do sangue, a não ser o tempo.
«Quando alguém ingere álcool a mais, este é absorvido e nada o tira do sangue», explicou o especialista, para quem os produtos contra a ressaca - que normalmente são promovidos nestas épocas de excessos, principalmente a passagem de ano - são apenas «um negócio».
Rui Tato Marinho garante que não existe nenhum produto à venda com o poder de desintoxicar o organismo e que «nenhum livro sobre o fígado fala destes medicamentos ou produtos».
A esse propósito, lembrou que ciclicamente são anunciados produtos - cuja autorização para introdução no mercado é dada pela autoridade que regula o sector (Infarmed) - que garantem um dia seguinte à bebedeira sem os incomodativos sintomas, que passam pela dor de cabeça a mau estar geral. «Esses produtos aparecem no mercado durante um ou dois anos e depois desaparecem», disse.
A comunidade científica sugere apenas moderação e Rui Tato Marinho alerta mesmo para outro tipo de efeitos do álcool, mais importantes e graves do que uma dor de cabeça. «Violência, acidentes de viação e sexo desprotegido» são algumas atitudes associadas ao álcool, enumeradas pelo especialista.
-Algarve Notícias
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