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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

National Geographic: um disco de 160 gigas dá para 320 anos

Um disco de 160 GB vai estar à venda por 139 euros. Traz todas as edições da revista, mapas e jogos. E cabem lá mais 200 anos de revistas.


Em 1888 um grupo de americanos sonhou "organizar uma sociedade para o desenvolvimento e a difusão do conhecimento geográfico". Duas semanas mais tarde nascia a "National Geographic Society e, nove meses depois, a revista que haveria de realizar o sonho dos 33 americanos. Por um destes dias, Gonçalo Pereira, director da publicação em Portugal, há-de sentar-se em frente de um computador e encomendar uma pequena caixa negra, com um quadro amarelo, e todas as edições em alta resolução. São "120 anos de descobertas incríveis, mapas fascinantes e a melhor fotografia do mundo" num pequeno disco rígido de 160 gigas. E sobra espaço.

Por 199,95 dólares (aproximadamente 139 euros, o que representa um desconto de 89% tendo em conta o valor das assinaturas actuais), o disco rígido contém 60 gigas de digitalizações da revista, incluindo os mapas (que muitos consideram o mais valioso) e os anúncios publicitários (que décadas mais tarde podem ser o mais divertido). Uma aplicação permite pesquisar os artigos e fotografias e assinalar os favoritos. Completa o produto um jogo de cultura geral e um DVD com pormenores de bastidores, onde fotógrafos premiados explicam os truques para conseguir a melhor imagem. Sobram 100 gigas de memória para utilizar como quiser. Se optar por acumular as edições posteriores, dará para 200 anos. Gonçalo Pereira será um dos primeiros a usufruírem de tudo isso e explica que o produto é "um upgrade dos DVD, que eram digitalizações de muito pior qualidade". A caixa de seis DVD continua, no entanto, à venda, por 60 dólares, mas não pode ser personalizada com o nome do comprador, como o novo disco, que pode adquirir no próprio site da NG. Não está prevista qualquer iniciativa semelhante com as edições portuguesas da revista.

Quando finalmente o embrulho do director da edição portuguesa atravessar o oceano, há-de ser colocado ao lado de um número da revista de 1957. "O meu avô era jornalista e assinava a revista antes de existir uma edição portuguesa [com oito anos e meio], como muitos portugueses faziam", conta Gonçalo Pereira sobre as primeiras recordações da revista que hoje tem 30 edições locais e com quem mais de 300 milhões de pessoas contactam todos os meses. O director explica que "essa edição tem uma reportagem muito extensa sobre Portugal" e acrescenta que houve muitas outras edições inesquecíveis, "como a de 1985 em que surgiu a célebre fotografia da jovem afegã, ou o trabalho sobre a erupção dos Capelinhos, na ilha do Faial". Fora das páginas da lendária revista amarela, continua Gonçalo, a sociedade sem fins lucrativos apoia a investigação científica. "Este ano, quando se pensa que já tudo foi descoberto, os seus fundos permitiram a descoberta de um mamute congelado e em perfeitas condições."


-ionline (Alexandre Soares)

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