Foi revelado o mapa genético de dois dos cancros com maior taxa de mortalidade em todo o mundo: da pele e do pulmão. Um artigo publicado na "Nature" explica as alterações genéticas provocadas pelo tabaco e pelos raios ultravioletas. Alguns cientistas acham que a descoberta pode revolucionar a luta contra o cancro.
Segundo o estudo, as mutações são rápidas e aos milhares. Para o tabaco, os investigadores calculam que cada 15 cigarros provoquem, em média, uma mutação. Apesar de muitas serem inofensivas, algumas delas podem tornar-se cancerígenas.
Estas descobertas podem facilitar o tratamento da doença no futuro, permitindo desenvolver medicamentos mais eficazes contra o cancro. Hoje, já são conhecidos os mapas genéticos de cinco cancros. Outros 50 estão a ser estudados.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Simpsons: Há 20 anos eles já eram um fenómeno
Desde 1989 na televisão.
Toca o telefone no Palácio do Eliseu. Atende Nicolas Sarkozy, Presidente francês, com um pedaço de queijo Camembert na secretária, enquanto a sua mulher, Carla Bruni, bebe um copo de vinho tinto. "You are getting cosy with Sarkozy", responde o Presidente francês. A piada funciona melhor em inglês, mas em português será qualquer coisa como "Está a ficar íntimo de Sarkozy". Do outro lado da linha estava Homer Simpson, acabado de regressar de Paris, que telefonara a Sarkozy para ameaçar Carl Carlson, um seu colega de trabalho que andava a jogar ao "esconder a baguete" com a primeira-dama de França. As cenas com o casal Sarkozy são de um episódio recente e foram um pequeno fenómeno nos sites de partilha de vídeos (YouTube, Dailymotion), com centenas de milhares de visitantes. Em 1989, não havia Internet para fazer eco, mas os Simpsons nunca precisaram disso. Há 20 anos já eram um fenómeno.
Os Simpsons nunca envelheceram.
Mas continua a valer a pena ver os Simpsons? Há quem defenda que a família amarela de Springfield é como um desportista que insiste em manter-se em actividade, apesar de os seus dias de glória já terem passado, mesmo aqueles que praticamente não conhecem o mundo sem Homer, Bart, Lisa, Marge e Maggie. "Parece menos consistente, mais com o objectivo de meter o maior número de piadas possível em cada episódio e menos [a pensar em] contar uma história e esperar que as piadas apareçam", reconhece, citado pela CNN, Jacob Burch, 23 anos, administrador do site NoHomers.net, ele que tinha três anos a 17 de Dezembro de 1989, data de emissão do primeiro episódio - hoje já vai em 449, distribuídos por 21 temporadas, e é a série de comédia que há mais tempo se mantém no ar.
Os puristas consideram que os Simpsons não envelheceram bem (apesar de as personagens terem a mesma idade desde o início), afastaram-se da sua matriz, já não são subversivos como eram nos primeiros anos, com o sucesso tornaram-se parte do sistema e só continuam a existir porque são lucrativos para Matt Groening, o criador, e a cadeia de televisão Fox, o exibidor. No grupo destes puristas podemos pôr até um personagem do universo Simpson, o Comic Book Guy, fanático de banda desenhada e ficção científica, a essência do que é ser obcecado por alguma coisa. "Claramente os episódios já não são tão bons. As únicas pessoas que continuam a pensar assim são Groening e [Al] Jean [um dos produtores da série]", reconhece John Ortved, autor do livro Os Simpsons: Uma história não Censurada e não Autorizada.
Origens
Na verdade, quem faz 20 anos hoje é a série de televisão, porque as personagens foram criadas dois anos antes. Segundo a lenda, os Simpsons, começaram por ser rabiscos num guardanapo que Matt Groening fez em 1987, enquanto esperava para ter uma reunião com os executivos da Fox. Do guardanapo passaram para pequenos sketches animados no Tracy Ullman Show e, dois anos depois, foram promovidos para uma série de 20 minutos com nome próprio e em horário nobre nas noites de domingo, de onde os Simpsons nunca mais sairiam.
Os Simpsons aborreciam todos, e, entre a crítica ao americano médio e aos valores familiares que a América reclama como seus, tudo servia como alvo: política, religião, finança, até a própria televisão. George Bush pai, o Presidente em exercício (Barack Obama é o quarto Presidente da era Simpsons), quando os Simpsons apareceram, dizia que a família amarela estava a dar cabo da família americana, e era apoiado nas críticas por Barbara Bush, a primeira-dama, que dizia que os Simpsons eram "a coisa mais estúpida" que já tinha visto. Mas o público norte-americano aderiu e as audiências apareceram, mais o merchandising e o sucesso internacional - ao todo, calcula-se que os Simpsons tenham gerado receitas superiores a três mil milhões de dólares (mais de dois mil milhões de euros).
"O interesse da série está nas pessoas identificarem as personagens. Conseguimos ver as outras pessoas nelas: o nosso chefe é o Mr. Burns; o meu irmão é como o Bart. Mas as pessoas não se revêem nelas", explica Patric Verrone, antigo argumentista da série num artigo do diário britânico TheIndependent. E a verdade é que os Simpsons não se resumem ao patriarca Homer, à mulher de cabelo azul Marge, ao rebelde Bart, à intelectual Lisa e à bebé que nunca fala, Maggie. À volta deles surgiram personagens que encaixam num tipo: o vizinho ultra-religioso (Ned Flanders), o patriarca abandonado (Abe Simpson), o milionário tirano (Monty Burns), o polícia estúpido (Wiggum), o miúdo que bate em toda a gente na escola (Nelson), o indiano dono da loja de conveniência (Apu), o palhaço alcoólico (Krusty). A lista é quase interminável.
A teoria da decadência
Vários são os sinais, dizem os críticos, da estagnação e decadência dos Simpsons. Por exemplo, haverá demasiados convidados especiais a aparecer na série (Tony Blair, Michael Jackson, Elizabeth Taylor, Mick Jagger, Stephen Hawking), que disfarçam a falta de ideias dos argumentistas e reforçam o carácter institucionalizado da série - mas nunca tiveram nenhum Presidente norte-americano a dar voz; relembra Al Jean que chegaram a convidar Ronald Reagan, mas que este rejeitou de forma bastante educada numa carta que Jean guardou, emoldurou e tem pendurada no escritório.
A crítica vai directamente para os argumentistas e o actual produtor da série, Al Jean, acusados de transformar os Simpsons num acumular de referências pop com objectivos humorísticos, para não se deixar ficar para trás perante a concorrência de outros títulos do género como Family Guy, American Dad! ou South Park que, sem os Simpsons, provavelmente nunca teriam existido. "Parece uma imitação dos seus imitadores. Os últimos Simpsons são barulhentos, erráticos, certinhos, controlados e fazem rir de forma tão intermitente que quase não vale a pena ver", lamenta David Bennum, blogger do jornal Guardian.
Para Chuck Coletta, professor de cultura pop, aconteceu aos Simpsons algo natural para quem está no mundo há 20 anos - tornaram-se icónicos, "como a Disney". E têm uma vantagem em relação às séries em imagem real, que sofrem com o envelhecimento dos actores e a constante mudança de personagens: os Simpsons não envelhecem. Bart tem dez anos desde 1989, Homer tem os mesmos dois cabelos e Maggie continua a ser um bebé de colo. "Os meus alunos não conhecem um mundo sem Simpsons. Já faz parte da vida", acrescenta.
O criador, pelos menos em público, não acredita na longevidade da série, mas também não consegue pensar quando vai acabar. "Se amanhã fosse atropelado por um camião, os Simpsons podiam continuar indefinidamente. Não parecem ter fim à vista", dizia Matt Groening há uns anos. No sexto episódio da primeira temporada, Bart escreve várias vezes no quadro da sala de aula (um gag recorrente na introdução de quase todos os episódios) "I will not instigate revolution" ("Não irei instigar uma revolução"). Objectivo não cumprido.
-Público (Marco Vaza)
Toca o telefone no Palácio do Eliseu. Atende Nicolas Sarkozy, Presidente francês, com um pedaço de queijo Camembert na secretária, enquanto a sua mulher, Carla Bruni, bebe um copo de vinho tinto. "You are getting cosy with Sarkozy", responde o Presidente francês. A piada funciona melhor em inglês, mas em português será qualquer coisa como "Está a ficar íntimo de Sarkozy". Do outro lado da linha estava Homer Simpson, acabado de regressar de Paris, que telefonara a Sarkozy para ameaçar Carl Carlson, um seu colega de trabalho que andava a jogar ao "esconder a baguete" com a primeira-dama de França. As cenas com o casal Sarkozy são de um episódio recente e foram um pequeno fenómeno nos sites de partilha de vídeos (YouTube, Dailymotion), com centenas de milhares de visitantes. Em 1989, não havia Internet para fazer eco, mas os Simpsons nunca precisaram disso. Há 20 anos já eram um fenómeno.
Os Simpsons nunca envelheceram.
Mas continua a valer a pena ver os Simpsons? Há quem defenda que a família amarela de Springfield é como um desportista que insiste em manter-se em actividade, apesar de os seus dias de glória já terem passado, mesmo aqueles que praticamente não conhecem o mundo sem Homer, Bart, Lisa, Marge e Maggie. "Parece menos consistente, mais com o objectivo de meter o maior número de piadas possível em cada episódio e menos [a pensar em] contar uma história e esperar que as piadas apareçam", reconhece, citado pela CNN, Jacob Burch, 23 anos, administrador do site NoHomers.net, ele que tinha três anos a 17 de Dezembro de 1989, data de emissão do primeiro episódio - hoje já vai em 449, distribuídos por 21 temporadas, e é a série de comédia que há mais tempo se mantém no ar.
Os puristas consideram que os Simpsons não envelheceram bem (apesar de as personagens terem a mesma idade desde o início), afastaram-se da sua matriz, já não são subversivos como eram nos primeiros anos, com o sucesso tornaram-se parte do sistema e só continuam a existir porque são lucrativos para Matt Groening, o criador, e a cadeia de televisão Fox, o exibidor. No grupo destes puristas podemos pôr até um personagem do universo Simpson, o Comic Book Guy, fanático de banda desenhada e ficção científica, a essência do que é ser obcecado por alguma coisa. "Claramente os episódios já não são tão bons. As únicas pessoas que continuam a pensar assim são Groening e [Al] Jean [um dos produtores da série]", reconhece John Ortved, autor do livro Os Simpsons: Uma história não Censurada e não Autorizada.
Origens
Na verdade, quem faz 20 anos hoje é a série de televisão, porque as personagens foram criadas dois anos antes. Segundo a lenda, os Simpsons, começaram por ser rabiscos num guardanapo que Matt Groening fez em 1987, enquanto esperava para ter uma reunião com os executivos da Fox. Do guardanapo passaram para pequenos sketches animados no Tracy Ullman Show e, dois anos depois, foram promovidos para uma série de 20 minutos com nome próprio e em horário nobre nas noites de domingo, de onde os Simpsons nunca mais sairiam.
Os Simpsons aborreciam todos, e, entre a crítica ao americano médio e aos valores familiares que a América reclama como seus, tudo servia como alvo: política, religião, finança, até a própria televisão. George Bush pai, o Presidente em exercício (Barack Obama é o quarto Presidente da era Simpsons), quando os Simpsons apareceram, dizia que a família amarela estava a dar cabo da família americana, e era apoiado nas críticas por Barbara Bush, a primeira-dama, que dizia que os Simpsons eram "a coisa mais estúpida" que já tinha visto. Mas o público norte-americano aderiu e as audiências apareceram, mais o merchandising e o sucesso internacional - ao todo, calcula-se que os Simpsons tenham gerado receitas superiores a três mil milhões de dólares (mais de dois mil milhões de euros).
"O interesse da série está nas pessoas identificarem as personagens. Conseguimos ver as outras pessoas nelas: o nosso chefe é o Mr. Burns; o meu irmão é como o Bart. Mas as pessoas não se revêem nelas", explica Patric Verrone, antigo argumentista da série num artigo do diário britânico TheIndependent. E a verdade é que os Simpsons não se resumem ao patriarca Homer, à mulher de cabelo azul Marge, ao rebelde Bart, à intelectual Lisa e à bebé que nunca fala, Maggie. À volta deles surgiram personagens que encaixam num tipo: o vizinho ultra-religioso (Ned Flanders), o patriarca abandonado (Abe Simpson), o milionário tirano (Monty Burns), o polícia estúpido (Wiggum), o miúdo que bate em toda a gente na escola (Nelson), o indiano dono da loja de conveniência (Apu), o palhaço alcoólico (Krusty). A lista é quase interminável.
A teoria da decadência
Vários são os sinais, dizem os críticos, da estagnação e decadência dos Simpsons. Por exemplo, haverá demasiados convidados especiais a aparecer na série (Tony Blair, Michael Jackson, Elizabeth Taylor, Mick Jagger, Stephen Hawking), que disfarçam a falta de ideias dos argumentistas e reforçam o carácter institucionalizado da série - mas nunca tiveram nenhum Presidente norte-americano a dar voz; relembra Al Jean que chegaram a convidar Ronald Reagan, mas que este rejeitou de forma bastante educada numa carta que Jean guardou, emoldurou e tem pendurada no escritório.
A crítica vai directamente para os argumentistas e o actual produtor da série, Al Jean, acusados de transformar os Simpsons num acumular de referências pop com objectivos humorísticos, para não se deixar ficar para trás perante a concorrência de outros títulos do género como Family Guy, American Dad! ou South Park que, sem os Simpsons, provavelmente nunca teriam existido. "Parece uma imitação dos seus imitadores. Os últimos Simpsons são barulhentos, erráticos, certinhos, controlados e fazem rir de forma tão intermitente que quase não vale a pena ver", lamenta David Bennum, blogger do jornal Guardian.
Para Chuck Coletta, professor de cultura pop, aconteceu aos Simpsons algo natural para quem está no mundo há 20 anos - tornaram-se icónicos, "como a Disney". E têm uma vantagem em relação às séries em imagem real, que sofrem com o envelhecimento dos actores e a constante mudança de personagens: os Simpsons não envelhecem. Bart tem dez anos desde 1989, Homer tem os mesmos dois cabelos e Maggie continua a ser um bebé de colo. "Os meus alunos não conhecem um mundo sem Simpsons. Já faz parte da vida", acrescenta.
O criador, pelos menos em público, não acredita na longevidade da série, mas também não consegue pensar quando vai acabar. "Se amanhã fosse atropelado por um camião, os Simpsons podiam continuar indefinidamente. Não parecem ter fim à vista", dizia Matt Groening há uns anos. No sexto episódio da primeira temporada, Bart escreve várias vezes no quadro da sala de aula (um gag recorrente na introdução de quase todos os episódios) "I will not instigate revolution" ("Não irei instigar uma revolução"). Objectivo não cumprido.
-Público (Marco Vaza)
Seagate lança HD para laptops mais fino do mundo
O Momentus Thin é um disco rígido para laptops e netbooks de 2,5 polegadas com apenas 7 mm de espessura.
A Seagate apresentou um disco rígido de 2,5 polegadas com apenas sete milímetros de espessura, destinado a netbooks premium e laptops econômicos. Segundo o TechRadar, os HDs da linha Momentus Thin são 25% mais finos que os discos tradicionais de 2,5 polegadas e 9,5 milímetros.
De acordo com o site Cnet, o novo disco rígido é comparável em tamanho com a maioria dos drives SSD (Solid State Drives) usados em netbooks e computadores ultraportáteis, mas apresenta as vantagens de possuir uma capacidade muito maior e um custo por gigabyte muito menor.
Os modelos Momentus Thin, disponíveis em duas capacidades (160 GB e 250 GB), incluem 8 MB de memória cache, interface SATA de 3 Gbps e 5400 rpm. A chegada ao mercado destes modelos está prevista para Janeiro de 2010 na Europa. O preço do HD de 160 GB não foi divulgado, mas o de 250 GB deve ficar em torno de US$ 55.
-http://tecnologia.terra.com.br (Geek)
Tréguas à vista entre a Microsoft e a Comissão Europeia
Acordo torna mais fácil utilizar programa alternativo ao Internet Explorer.
A União Europeia e a Microsoft anunciaram ontem a chegada a um acordo que poderá tornar-se histórico: os utilizadores das versões mais recentes do Windows vão poder decidir mais facilmente se utilizam o Internet Explorer (da Microsoft) para navegar na Internet ou um dos programas alternativos desenvolvidos pela concorrência, a partir de meados de Março do próximo ano.
Este é o ponto final de negociações prolongadas entre Bruxelas e o grupo fundado por Bill Gates, que marca um período de tréguas numa guerra antiga entre as autoridades europeias e o gigante norte-americano de software. Desta vez, está em causa um inquérito que tinha sido aberto em 2008, relativamente à incorporação sistemática do Internet Explorer nos computadores que vêm de fábrica com o sistema Windows, e que perfazem 90 por cento do total em todo o mundo.
É verdade que o cidadão comum não tem nada que o impeça de instalar, no seu próprio computador, um programa de navegação na Internet que seja diferente do Internet Explorer. Na maioria das vezes, basta pesquisar na Internet por um dos nomes mais conhecidos, ter a certeza de que se trata de uma aplicação segura e seguir as instruções que surgem no respectivo site.
Isso pede, no entanto, "um pouco de capacidade de inovar", defendeu ontem a comissária europeia para a Concorrência, Neelie Kroes. "É um pouco como ir a um supermercado onde há apenas uma marca de champôs na linha da frente da prateleira, com as outras marcas todas escondidas atrás, e ninguém sabe da existência daquelas", exemplificou.
É precisamente para facilitar a opção de escolha aos utilizadores europeus do Windows XP, Vista ou Windows 7, que estes irão ter acesso a uma lista com uma dúzia de nomes de programas de navegação na Internet (também conhecidos como browsers) compatíveis com os sistemas da Microsoft, incluindo os mais conhecidos, que poderão depois facilmente instalar. Prevê-se que essa nova funcionalidade fique disponível mesmo para quem já tem computador, através das actualizações automáticas do software (updates).
Ao mesmo tempo, determinou-se que os fabricantes de computadores podem desactivar o Internet Explorer logo desde a fábrica e instalar um programa alternativo, ou isso poderá ser feito livremente pelos compradores, sem cláusulas contratuais que o impeçam.
Nas contas da Comissão Europeia, aquele que já é conhecido como o "ecrã da escolha" (como lhe chamava ontem o site CNET) vai estar disponível em 100 milhões de computadores europeus e aplicar-se a outros 30 milhões suplementares durante os cinco anos em que o acordo vai permanecer activo.
Para já, as autoridades europeias querem seguir atentamente a aplicação destas novas regras: dentro de seis meses, o grupo liderado por Steve Ballmer terá de iniciar um processo de informação regular às autoridades europeias sobre o cumprimento do que foi agora anunciado. Por seu turno, Bruxelas tem também poderes para rever o acordo dentro de dois anos.
Se tudo correr bem, este passo irá marcar uma trégua importante numa disputa que já dura há dez anos e resultou na imposição de multas que ascendem até hoje a um total de 1,676 mil milhões de euros.
Para a paz definitiva entre o grupo liderado por Ballmer e a Comissão Europeia faltam ainda, no entanto, algumas cedências. A principal é a divulgação pela Microsoft de várias especificidades técnicas do Windows Office, que facilitem o desenvolvimento de programas compatíveis pela concorrência.
-Público (AFP, Inês Sequeira)
A União Europeia e a Microsoft anunciaram ontem a chegada a um acordo que poderá tornar-se histórico: os utilizadores das versões mais recentes do Windows vão poder decidir mais facilmente se utilizam o Internet Explorer (da Microsoft) para navegar na Internet ou um dos programas alternativos desenvolvidos pela concorrência, a partir de meados de Março do próximo ano.
Este é o ponto final de negociações prolongadas entre Bruxelas e o grupo fundado por Bill Gates, que marca um período de tréguas numa guerra antiga entre as autoridades europeias e o gigante norte-americano de software. Desta vez, está em causa um inquérito que tinha sido aberto em 2008, relativamente à incorporação sistemática do Internet Explorer nos computadores que vêm de fábrica com o sistema Windows, e que perfazem 90 por cento do total em todo o mundo.
É verdade que o cidadão comum não tem nada que o impeça de instalar, no seu próprio computador, um programa de navegação na Internet que seja diferente do Internet Explorer. Na maioria das vezes, basta pesquisar na Internet por um dos nomes mais conhecidos, ter a certeza de que se trata de uma aplicação segura e seguir as instruções que surgem no respectivo site.
Isso pede, no entanto, "um pouco de capacidade de inovar", defendeu ontem a comissária europeia para a Concorrência, Neelie Kroes. "É um pouco como ir a um supermercado onde há apenas uma marca de champôs na linha da frente da prateleira, com as outras marcas todas escondidas atrás, e ninguém sabe da existência daquelas", exemplificou.
É precisamente para facilitar a opção de escolha aos utilizadores europeus do Windows XP, Vista ou Windows 7, que estes irão ter acesso a uma lista com uma dúzia de nomes de programas de navegação na Internet (também conhecidos como browsers) compatíveis com os sistemas da Microsoft, incluindo os mais conhecidos, que poderão depois facilmente instalar. Prevê-se que essa nova funcionalidade fique disponível mesmo para quem já tem computador, através das actualizações automáticas do software (updates).
Ao mesmo tempo, determinou-se que os fabricantes de computadores podem desactivar o Internet Explorer logo desde a fábrica e instalar um programa alternativo, ou isso poderá ser feito livremente pelos compradores, sem cláusulas contratuais que o impeçam.
Nas contas da Comissão Europeia, aquele que já é conhecido como o "ecrã da escolha" (como lhe chamava ontem o site CNET) vai estar disponível em 100 milhões de computadores europeus e aplicar-se a outros 30 milhões suplementares durante os cinco anos em que o acordo vai permanecer activo.
Para já, as autoridades europeias querem seguir atentamente a aplicação destas novas regras: dentro de seis meses, o grupo liderado por Steve Ballmer terá de iniciar um processo de informação regular às autoridades europeias sobre o cumprimento do que foi agora anunciado. Por seu turno, Bruxelas tem também poderes para rever o acordo dentro de dois anos.
Se tudo correr bem, este passo irá marcar uma trégua importante numa disputa que já dura há dez anos e resultou na imposição de multas que ascendem até hoje a um total de 1,676 mil milhões de euros.
Para a paz definitiva entre o grupo liderado por Ballmer e a Comissão Europeia faltam ainda, no entanto, algumas cedências. A principal é a divulgação pela Microsoft de várias especificidades técnicas do Windows Office, que facilitem o desenvolvimento de programas compatíveis pela concorrência.
-Público (AFP, Inês Sequeira)
Morreu o “chefe dos chefes” do narcotráfico mexicano
Beltrán Leyva era responsável por muitos assassínios.
Chamavam-lhe o chefe mais perigoso e mais sanguinário. Chamam-lhe o “barbas”, o “botas brancas”, mas também “a morte”. Arturo Beltrán Leyva era filho, irmão e primo de narcotraficantes e mandou matar muitas pessoas. Esta madrugada foi morto numa batalha em Cuernavaca.
O ataque do exército teve lugar em Cuernavaca, no Estado mexicano de Morelos.
Na verdade, escreve o site do “El Mundo”, o Exército tinha ido atrás de Edgar Baldés Villareal, conhecido como “a barbie”.
A pequena cidade de Cuernavaca tornou-se num campo de batalha: foram usadas granadas, armas de grande porte e muitas balas. Com Beltrán Leyva morreram seis dos seus guarda-costas, cinco abatidos e um que preferiu suicidar-se.
Beltrán Leyva era acusado de ser um dos responsáveis do estado de guerra com que os mexicanos acordam todas as manhãs desde há quase dois anos.
Em 2006, formara, com outros dois narcos, “A Federação”, uma associação que unificou os principais cartéis do país. Os três grupos passaram a dividir entre si o negócio de transporte e distribuição de droga. Em 2008, a sociedade desfez-se, dando origem à onda de assassínios.
Se Beltrán era o líder, o seu irmão, Mario Alberto, era o negociador, Villareal, “a barbie”, tinha a cargo a recruta de novos homens armados.
-Público
Chamavam-lhe o chefe mais perigoso e mais sanguinário. Chamam-lhe o “barbas”, o “botas brancas”, mas também “a morte”. Arturo Beltrán Leyva era filho, irmão e primo de narcotraficantes e mandou matar muitas pessoas. Esta madrugada foi morto numa batalha em Cuernavaca.
O ataque do exército teve lugar em Cuernavaca, no Estado mexicano de Morelos.
Na verdade, escreve o site do “El Mundo”, o Exército tinha ido atrás de Edgar Baldés Villareal, conhecido como “a barbie”.
A pequena cidade de Cuernavaca tornou-se num campo de batalha: foram usadas granadas, armas de grande porte e muitas balas. Com Beltrán Leyva morreram seis dos seus guarda-costas, cinco abatidos e um que preferiu suicidar-se.
Beltrán Leyva era acusado de ser um dos responsáveis do estado de guerra com que os mexicanos acordam todas as manhãs desde há quase dois anos.
Em 2006, formara, com outros dois narcos, “A Federação”, uma associação que unificou os principais cartéis do país. Os três grupos passaram a dividir entre si o negócio de transporte e distribuição de droga. Em 2008, a sociedade desfez-se, dando origem à onda de assassínios.
Se Beltrán era o líder, o seu irmão, Mario Alberto, era o negociador, Villareal, “a barbie”, tinha a cargo a recruta de novos homens armados.
-Público
Portugal: Sismo de 6.0 na escala de Richter à 1h37 da madrugada
Sismo mais forte desde há 40 anos.
Lisboa - Um sismo de 6.0 na escala de Richter foi sentido em Portugal à 1h37, com epicentro no Oceano Atlântico, a 185 km de Faro e a Oeste de Gibraltar. O abalo não provocou danos materiais nem humanos.
Um sismo de 6.0 na escala de Richter foi sentido, esta quinta-feira, pelas 1:37, em todo o território nacional. O abalo teve o seu epicentro no mar, a 30 quilómetros de profundidade, a 185 quilómetros de Faro e a 265 quilómetros de Lisboa, com a duração de dois minutos, apenas foi sentido pelas pessoas durante cinco a oito segundos.
O abalo foi também sentido em Espanha, bem como nas cidades marroquinas de Tânger, Casablanca, Rabat e Mohammedia, também sem registo de danos pessoais ou materiais.
Segundo declarações do geofísico Fernando Carrilho, do Instituto de Meteorologia, à Rádio Renascença (RR), este abalo foi o mais forte no Continente desde 1969.
Entretanto o Instituto de Meteorologia registou mais 11 réplicas, mas todas de menor intensidade.
-(c) PNN Portuguese News Network
Lisboa - Um sismo de 6.0 na escala de Richter foi sentido em Portugal à 1h37, com epicentro no Oceano Atlântico, a 185 km de Faro e a Oeste de Gibraltar. O abalo não provocou danos materiais nem humanos.
Um sismo de 6.0 na escala de Richter foi sentido, esta quinta-feira, pelas 1:37, em todo o território nacional. O abalo teve o seu epicentro no mar, a 30 quilómetros de profundidade, a 185 quilómetros de Faro e a 265 quilómetros de Lisboa, com a duração de dois minutos, apenas foi sentido pelas pessoas durante cinco a oito segundos.
O abalo foi também sentido em Espanha, bem como nas cidades marroquinas de Tânger, Casablanca, Rabat e Mohammedia, também sem registo de danos pessoais ou materiais.
Segundo declarações do geofísico Fernando Carrilho, do Instituto de Meteorologia, à Rádio Renascença (RR), este abalo foi o mais forte no Continente desde 1969.
Entretanto o Instituto de Meteorologia registou mais 11 réplicas, mas todas de menor intensidade.
-(c) PNN Portuguese News Network
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