Tutankamon, o “faraó menino”, que morreu com 19 anos, há 3344 anos, e cujo túmulo nos fascina desde que foi descoberto, em 1922, era frágil e sofria de muitas maleitas, mas terá sido a malária cerebral que o matou. Mas sofria também de doenças degenerativas dos ossos, concluíram os cientistas que analisaram a sua múmia com as mais modernas técnicas de análise genéticas.
Reconstrução de como seria o aspecto do rei Tutankamon (REUTERS).
Testes de ADN à múmia revelaram a presença do parasita Plasmodium falciparum, que causa a malária — o que não é surpreendente num local como o Vale do Nilo, que sofre inundações periódicas. E análises a 11 outras múmias, com técnicas semelhantes às que permitem estabelecer as relações de parentesco, levaram os cientistas a estabelecer relações familiares ao longo de cinco gerações da linhagem de Tut, entre as quais o seu pai, a sua mãe e avó.
A investigação, publicada na revista científica Journal of the American Medical Association, foi dirigida por Zahi Hawass, o responsável do Conselho Supremo de Antiguidades Egípcias, com cientistas do Egipto, Alemanha e Itália.
Tutankamon apresenta indícios de sofrer de doença de Koheler do tipo II, que afecta os ossos e não lhe teria causado a morte. Mas sofria também de necrose avascular, que resulta da perda da provisão de sangue aos ossos: sem ele, os ossos morrem.
-Público
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