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sábado, 5 de dezembro de 2009

Portugal cresce acima da média da Zona Euro

Recuperação nacional foi maior no 3.º trimestre, mas o ano de 2009 vai fechar negativo.

A economia da Zona Euro vai fechar 2009 em terreno negativo, mas mas na evolução trimestral o PIB mostra que já saiu da recessão. Portugal lidera na recuperação, mas os economistas dizem que este ritmo não se vai manter.

Os dados sobre a evolução da economia na Zona Euro e na UE mostram duas coisas: que em ambos os casos se saiu da recessão (na evolução trimestral do PIB) e que Portugal regista valores mais positivos que a média dos dois "grupos". Esta recuperação assenta essencialmente nas exportações - e alguma coisa no investimento -, mas o consumo privado mantém-se deprimido.

No seu conjunto, o PIB dos 16 países que integram o euro, cresceu 0,4% no terceiro trimestre face aos três meses imediatamente anteriores. Este valor confirma que a Zona Euro saiu oficialmente da recessão, depois de ter apresentado cinco trimestres consecutivos de contracção. Em Portugal, os números dos três meses terminados em Junho davam já conta de uma evolução (em cadeia) positiva (de 0,4%) e mostram que o PIB recuperou ainda mais (0,9%) no trimestre seguinte. Em ambos os casos, a recuperação portuguesa foi mais forte do que a média da Zona Euro. Mas para os economistas ouvidos pelo JN, estes valores não podem fazer-nos "embandeirar em arco", e lembram que todas as projecções indicam que vamos voltar a perder terreno face aos parceiros.

Estes números são a "fotografia" da economia na sua evolução trimestral. Mas quando se olha para a comparação homóloga (em relação a 2008), os valores são ainda negativos, nomeadamente no terceiro trimestre (ver quadro). É absolutamente certo que o valor do PIB anual português relativo a 2009 (ano completo) seja negativo. E "quando a economia estiver efectivamente a crescer, o que se prevê é que a recuperação portuguesa seja mais lenta", precisa o economista Daniel Amaral, acentuando ser "simpático olhar" para os valores trimestrais agora divulgados, ainda que não se lhes deva atribuir muita importância. Até porque, sublinha, a queda da actividade económica registada foi superior à queda do emprego, o que significa que o ajustamento nesta área ainda não foi feito.

Também Alberto de Castro, da Faculdade de Economia da Católica do Porto, considera que o facto de estarmos com uma evolução trimestral mais forte que a Zona Euro é melhor do que o contrário, mas alerta que se tratam de valores incapazes de gerar emprego.

Os dados do Eurostat fazem uma leitura geral das componentes do PIB e, nesse contexto, as exportações são o factor que mais está a puxar pela economia, já que o consumo privado até evoluiu negativamente.

Em relação a Portugal, aumenta de tom a convicção de que a recuperação da economia não será suficiente para por as contas públicas em ordem e são cada vez mais os que acreditam ou propõem (como fez o FMI) aumentos de impostos. Ontem, pela voz do ministro da Presidência, o Governo veio mais uma vez rejeitar subidas de impostos.


-Jornal de Notícias (Lucília Tiago)

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