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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lisboa e Madrid acertam métodos de trabalho para avançar com o TGV

Os governos de Portugal e Espanha acertaram esta segunda-feira, em Lisboa, a formação de grupos de trabalho para levar por diante os projectos das ligações de TGV entre Lisboa e Madrid e entre o Porto e Vigo. Após a reunião com o novo titular da pasta das Obras Públicas no Executivo de José Sócrates, o ministro espanhol do Fomento recuou à campanha para as legislativas portuguesas.

As conclusões dos grupos de trabalho a constituir por Lisboa e Madrid só devem ser conhecidas em Março do próximo ano. Contudo, o relançamento do projecto para as ligações de alta velocidade ferroviária entre Portugal e Espanha é ponto assente. Pelo menos a julgar pelo ambiente que pontuou o encontro desta segunda-feira entre o ministro português das Obras Públicas, António Mendonça, e o seu homólogo espanhol, José Blanco López.
Ambos se desdobraram em garantias de que o TGV é para avançar a ritmo acelerado, ainda que o governante espanhol tenha admitido que a ligação entre Porto e Vigo vai chegar com um atraso de dois anos, prevendo-se agora que não fique concluída antes de 2015.

"A nossa ideia foi, precisamente, criar todos os mecanismos de natureza técnica e de natureza política que contribuam para que os objectivos que estão fixados, em matéria de calendarização, possam ser cumpridos sem maiores sobressaltos ou percalços", afirmou o sucessor de Mário Lino no Ministério das Obras Públicas.

Factor TGV no debate político "preocupava" Espanha

Durante a campanha para as eleições legislativas de 27 de Setembro, o PSD de Manuela Ferreira Leite fez da previsível factura de endividamento das grandes obras públicas uma das principais armas do maior partido da Oposição contra o Governo socialista. A líder social-democrata chegou mesmo a vincar o facto de Portugal não ser "uma província de Espanha" para contestar o que considerava ser uma ingerência de Madrid na vida política portuguesa.

José Blanco López recorda o incómodo então experimentado em Madrid perante o cenário de uma suspensão do projecto: "Um dos elementos importantes do debate político e que devo confessar que, certamente, nos preocupava era precisamente tudo o que tinha a ver com as condições, sobretudo e singularmente, em relação à alta velocidade".

A reunião desta segunda-feira, sublinhou o ministro espanhol do Fomento, "serviu para reforçar o diálogo, a colaboração, a concertação e o esforço conjunto que ambos os países vão realizar".

"Ponto de situação"

Um dos grupos de trabalho terá como tarefa fazer um "ponto de situação" e "o levantamento de todas as questões que se colocam" no quadro da ligação entre Porto e Vigo - desde logo o estudo da possibilidade de a linha vir a transportar apenas passageiros, deixando o transporte de mercadorias para a actual linha.

Quanto à ligação entre as capitais dos dois países - as estimativas do projecto apontam para uma abertura em 2013 -, António Mendonça e José Blanco López não abordaram datas.

No primeiro semestre do próximo ano vai ser firmado um acordo para a construção de uma estação internacional de TGV na região fronteiriça do Caia. Em estudo, adiantou o ministro espanhol do Fomento, está a eventual assinatura de protocolos entre as empresas espanholas Adif e Renfe e as portuguesas Refer e CP.

Vencedor do primeiro concurso é revelado na próxima semana

Segundo António Mendonça, o desfecho do primeiro concurso relativo à alta velocidade ferroviária, para a construção e manutenção do troço entre Poceirão e Caia, vai ser conhecido na próxima semana. No que toca ao troço Lisboa-Poceirão, que abrange a nova ponte sobre o Rio Tejo, "haverá uma decisão" durante o primeiro semestre de 2010.

São dois os consórcios finalistas do concurso para a construção da ligação entre Poceirão e Caia: a proposta final do consórcio Elos - Ligações de Alta Velocidade, formado por Brisa e Soares da Costa, estima em 1.359 milhões de euros o valor da construção e em 12,2 milhões de euros o custo anual de manutenção; o consórcio Altavia Alentejo - Infra-estruturas de Alta Velocidade, encabeçado pela Mota-Engil, aponta para um custo de construção de 1.334 milhões de euros e para um custo anual de manutenção de 18 milhões.

"O relatório com a decisão da comissão já está no Ministério e durante a próxima semana haverá uma decisão nesta matéria", indicou esta segunda-feira o ministro das Obras Públicas.


-RTP

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