Russo conta ao tvi24 como viveu os momentos de incerteza após o atentado desta segunda-feira. Autoridades pedem sangue.
Era um dia como outro qualquer. Segunda-feira depois de um fim-de-semana passado fora da capital. Rotina de metro, milhares de pessoas, confusão e, de repente, muito mais confusão. «Havia muita gente, era difícil fazer ligação entre linhas, mas só me apercebi realmente do que tinha acontecido quando cheguei a casa».
Anton Nazarov descreve o momento vivido esta manhã num português impecável, através de ligação por Skype. «Estava no metro quando tudo aconteceu e não senti medo, porque ninguém sabia concretamente o que tinha acontecido. Alguma coisa tinha sido, mas não sabia o quê. Foi afectada a linha vermelha, a mais frequentada em Moscovo, e eu estava noutra», contou ao tvi24.pt, no dia em que morreram 38 pessoas na sequência de dois ataques suicidas na capital russa.
O incidente causou «problemas nos transportes públicos» e diz-se que «alguns motoristas de táxi aumentaram as tarifas dez vezes». De resto, a circulação de comboios no metro «voltou rapidamente à normalidade, num espaço de cerca de oito horas», depois de todas as ligações para a linha vermelha terem sido encerradas. Agora, «as pessoas estão mais ou menos tranquilas».
«Os terroristas serão destruídos», assegura Putin.
A Internet foi, uma vez mais, refúgio para o contacto entre as pessoas que viveram e/ou foram afectadas pelos atentados. Muitos publicaram relatos no twitter ou em blogs, assim como fotografias. Paralelamente, foram surgindo apelos para a dádiva de sangue.
«Falam como ajudar as vítimas, pois há défice de sangue para os feridos. As autoridades pedem a quem puder para ajudar a dar sangue aos feridos», conta o jornalista russo, que aprendeu a falar português no seu país e que esteve recentemente a estudar na Universidade de Braga.
-IOL Diário (Filipe Caetano)
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