
É o homem mais rico do mundo e um dos maiores filantropos da actualidade. No Fórum de Davos, Bill Gates não quis falhar à sua reputação e fez a maior doação de sempre para uma única causa. A Fundação do ex-patrão da Microsoft e da mulher, Melinda, vai doar dez mil milhões de dólares na próxima década para ajudar a desenvolver vacinas que, garante, poderão salvar perto de nove milhões de crianças nos países pobres.
"As vacinas são um milagre. Com apenas algumas doses, podem prevenir doenças mortais para toda a vida", explicou Melinda Gates em Davos, a estância de esqui dos Alpes suíços que todos os anos recebe líderes mundiais e patrões das grandes empresas. A Fundação Gates está convencida que "se acelerarmos a entrega de vacinas para chegarmos a uma cobertura de 90% da população, incluindo novas vacinas para a diarreia e pneumonia, seria possível impedir a morte de 7,6 milhões de crianças com menos de cinco anos até 2019". Além disso, a introdução da vacina contra o paludismo a partir de 2014 ajudaria a salvar mais 1,1 milhões de crianças.
Desde que deixou a presidência da Microsoft a tempo inteiro, Gates tem-se dedicado à fundação criada pela sua mulher. Com uma fortuna avaliada em 40 mil milhões, segundo a revista Forbes, o americano é conhecido pela sua vertente humanitária, tendo já doado fundos para causas como a sida ou a tuberculose. Empenhada em desenvolver a saúde, educação e agricultura nos países em desenvolvimento, a Fundação Bill e Melinda Gates já doou mais de 20 mil milhões de dólares desde a sua criação, em 1994.
A última iniciativa do homem mais rico do mundo foi saudada pela Organização Mundial de Saúde. A directora Margaret Chan admitiu que o compromisso da Fundação "não tem precedente", mas sublinhou que é "só uma pequena parte do esforço necessário". O Chronicles of Philantropy, jornal que cobre organizações sem fins lucrativos, garantiu que esta é a maior doação feita por uma fundação para uma única causa.
Se a doação milionária do casal Gates dominou o dia em Davos, a situação da economia grega não ficou esquecida. Apesar dos esforços do primeiro-ministro Georges Papandréou para acalmar os mercados e garantir que o seu país conseguirá restabelecer as suas finanças sozinho, muitos dos presentes continuaram cépticos. A explosão do défice e da dívida gregos além de ter agitado os mercados mundiais, ameaça a recuperação económica e a saída da crise.
A nível diplomático, a reunião da tarde sobre o Afeganistão acabou por acontecer sem a presença do Presidente afegão, Hamid Karzai. Depois de uma passagem por Londres, onde participou numa cimeira sobre a reabilitação do seu país, Karzai preferiu voltar directamente a Cabul.
O Médio Oriente, por seu lado, devia dominar os encontros bilaterais e o Rei Abdullah II da Jordânia tinha agendado um discurso sobre a situação naquela região.
-Diário de Notícias (Helena Tecedeiro)
-info plantão (imagem)
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